Mandaram que fizéssemos uma campanha de prevenção da hipertensão arterial. Vinham os pacientes, as fichas médicas, tirávamos a pressão e aconselhávamos. Se persebêssemos que o caso seria de terapia medicamentosa, era só chamar a preceptora.
Já tinha-se, e muito, deixado de ser novidade, quando peguei a ficha de um sargento da polícia militar. Terceiro sargento, cabelos brancos. O rosto mostrava anos de soldado. Na ficha estava que estes anos marcaram mais que o rosto: 23 perfurações de bala. Perdeu rim, parte do intestino e toda a felicidade de viver.
"O senhor deveria controlar a pressão arterial?"
"Por que?"
"É uma das doenças que mais mata no país."
"E daí?"
Sid
sexta-feira, julho 29, 2005
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